Os testes iniciais mostraram que os peptídeos inibidores da hialuronidase têm potencial para o tratamento de rugas na pele e lesões na cartilagem, enquanto os ativadores podem ser usados para tratar hematomas. A pesquisa, que faz parte do Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), financiado pelo CNPq e pela Fundação Butantan, conquistou o primeiro lugar no 5º Encontro dos Alunos de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica da Escola Superior do Instituto Butantan.
De acordo com a pesquisadora Fernanda Portaro, uma das orientadoras do estudo, o uso de uma molécula peptídica como agente terapêutico é potencialmente seguro para tratamentos, uma vez que é natural e não confere toxicidade às células humanas. Além disso, Caio Mendes, autor do estudo, ressalta que a pesquisa revelou a possibilidade de desenvolver um creme antienvelhecimento e medicamentos para tratar lesões na cartilagem e hematomas.
A pesquisa teve origem quando Caio, estudante de Medicina, e sua equipe buscaram inibidores de hialuronidase dentro do colágeno hidrolisado. O grupo investigou se o colágeno é capaz de retardar a ação da hialuronidase, que degrada o ácido hialurônico e acelera o envelhecimento da pele. Eles descobriram que o colágeno hidrolisado inibe a ação da hialuronidase, e isolaram quatro peptídeos que inibiram em 100% a ação da enzima.
A próxima etapa da pesquisa será a seleção de dois peptídeos para serem sintetizados e testados in vitro e in vivo posteriormente. O estudo demonstra um avanço significativo no desenvolvimento de possíveis tratamentos estéticos e médicos a partir dos resultados obtidos.
Dessa forma, a pesquisa realizada no Instituto Butantan abre caminho para o desenvolvimento de novas terapias para rugas, lesões na cartilagem e hematomas, utilizando peptídeos inibidores e ativadores da hialuronidase. Este avanço promissor abre portas para novas descobertas e potenciais tratamentos estéticos e médicos.