Marta era secretária do atual prefeito Ricardo Nunes, mas deixou o cargo para se filiar ao PT e ser a vice de Boulos. O pré-candidato afirmou que a formação da chapa depende do aval do Partido dos Trabalhadores. Apesar das divergências políticas no passado, Boulos destacou que a aliança amplia o alcance político e eleitoral da chapa, envolvendo partidos como PT, PDT, Rede e PCdoB.
A união dos dois na chapa foi apadrinhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marta pediu demissão da Prefeitura de São Paulo, e segundo assessores, Boulos pretende se reunir com Eduardo Suplicy, ex-marido de Marta e vereador pelo PT e o mais votado na última eleição municipal. A ex-prefeita não falou com os jornalistas, mas por meio de sua assessoria, afirmou estar “muito honrada” em receber Boulos e a esposa, Natalia Szermeta, coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Boulos destacou que Marta agrega experiência administrativa e amplitude para a frente democrática que ele está construindo. Ele também convidou Marta para um encontro com movimentos sociais para que ela tenha uma “reconexão”. Além disso, Boulos afirmou que está animado para organizar e fazer a campanha com o apoio de Marta, que tem boa influência nas regiões periféricas de São Paulo.
Apesar das resistências e críticas direcionadas a Marta, Boulos destacou que a aliança com a ex-prefeita é importante para ampliar o alcance político da chapa. Ele também destacou que uma viagem internacional está programada nos próximos dias, mas que a previsão é estar de volta ao Brasil em breve.
A movimentação política em torno da aliança de Marta Suplicy e Guilherme Boulos está em evidência, e o calendário para a filiação de Marta ao PT e a oficialização da chapa com Boulos será discutido em uma reunião do PT paulistano. Independentemente das controvérsias, a aliança entre Marta e Boulos promete ser uma das mais comentadas durante as eleições deste ano em São Paulo.