Durante a visita do governo, os ministros puderam observar do alto o aumento da atividade garimpeira, com barcos trafegando pelos rios sujos e barrentos, o que causa impacto direto na saúde e na segurança dos indígenas. Maurício Ye’kwana, diretor da Hutukara Associação Yanomami, denunciou à comitiva a presença de 17 aeronaves que abastecem garimpos no Parima, em Homoxi e Xitei. Segundo ele, esses aviões contribuem para a exploração predatória e ilegal de ouro na região.
A retomada do garimpo também está associada a uma crise humanitária dos Yanomamis, resultando em impactos no acesso a alimentos e em sucessivos surtos de malária. Na região de Auaris, a situação é alarmante, com o elevado número de casos de malária e desnutrição, principalmente entre crianças. Estas condições de saúde precárias demandam atenção e ação imediata do governo.
A presença de garimpeiros e a atividade ilegal na região de Auaris estão estreitamente relacionadas ao agravamento da crise humanitária enfrentada pelos Yanomamis. A reativação dos garimpos impacta a segurança alimentar, a saúde e a economia das comunidades indígenas, que enfrentam casos graves de desnutrição, malária e outras doenças oportunistas da fome.
Apesar dos esforços do governo, ainda há muito a ser feito para conter a atividade garimpeira ilegal e garantir o bem-estar dos povos indígenas. A presença de forças de segurança como a Polícia Federal e as Forças Armadas na região e os investimentos anunciados pelo governo representam um passo importante para enfrentar a crise, mas é fundamental que ações efetivas sejam tomadas para combater a exploração predatória e ilegal de ouro e suas consequências para os Yanomamis.
Diante da gravidade da situação, é urgente que o governo brasileiro intensifique suas medidas para proteger a terra Yanomami, garantindo o respeito aos direitos indígenas e a preservação do meio ambiente. A atenção e o apoio à saúde e segurança dos Yanomamis devem ser prioridades do governo, visando proteger e promover o bem-estar dessas comunidades.