Caminhada reúne centenas em São Paulo em apoio ao povo palestino em meio a conflito com Israel.

No último sábado, centenas de pessoas participaram de um ato em apoio ao povo palestino em São Paulo. A manifestação teve início na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e seguiu até a Praça Roosevelt, no centro da capital paulista. Durante a caminhada, os manifestantes estenderam uma imensa bandeira da Palestina e faixas que pediam o fim do genocídio em Gaza e um embargo a Israel.

A manifestação em São Paulo foi apenas uma das dezenas de atos que ocorreram em diversas partes do mundo, como na Dinamarca. De acordo com Soraya Misleh, jornalista palestina-brasileira e coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino em São Paulo, o ato fez parte de um movimento global pelo cessar-fogo imediato e definitivo em Gaza perante o genocídio em curso que já dura quase 100 dias.

Soraya destacou que a situação em Gaza é terrível e dramática, com uma ocupação militar, colonização, limpeza étnica e apartheid que são reconhecidos até mesmo pela Anistia Internacional há mais de 75 anos. A jornalista citou dados palestinos afirmando que o conflito na região já deixou mais de 30 mil palestinos mortos ou desaparecidos entre os escombros, sendo a maioria deles crianças.

Um dos presentes na manifestação em São Paulo foi o palestino Mohammad Farahat, que chegou ao Brasil recentemente com a sua família. Farahat estava na região de conflito e chegou ao Brasil no final do ano passado, em um dos aviões de repatriação da Força Aérea Brasileira (FAB) que esteve em Gaza. Segundo ele, a situação na região é muito perigosa e a sua casa foi destruída no conflito.

Além de palestinos e integrantes de movimentos sociais e políticos, o ato também contou com brasileiros solidários com o sofrimento vivenciado pelas famílias de Gaza. Uma das participantes, Ideli Gonçalves Saba, afirmou que veio para dar seu apoio pessoal às vítimas do genocídio, ressaltando a importância do suporte internacional ao povo palestino em sua luta.

Os manifestantes defendem que o governo brasileiro seja mais contundente em suas ações e posicionamentos contra a guerra. Além disso, pedem uma campanha de boicote, desinvestimento e sanções a Israel desde 2005, com a expectativa de que os governos ao redor do mundo ajam de forma efetiva para parar a situação.

Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 23 mil palestinos foram mortos e quase 60 mil ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza desde que o Hamas lançou uma ofensiva contra Israel no dia 7 de outubro do ano passado. Em Israel, os ataques do Hamas no dia 7 de outubro deixaram 1,2 mil mortos, além de levar mais de 240 pessoas reféns.

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