Geisler, que vivia sob o nome falso de Dejon Kovac e se fazia passar por esloveno, estava clandestinamente no Brasil desde 2014. Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo, ele era procurado internacionalmente por assassinatos cometidos mediante pagamentos na região do Leste Europeu. Essa descoberta foi um contraste perturbador com a imagem que os vizinhos tinham dele, descrevendo-o como alguém discreto, familiar e vivendo com a esposa e o filho de quatro anos no tradicional bairro santista do Embaré.
O assassinato ocorreu de maneira chocante, quando Geisler chegava em casa de bicicleta na noite de sexta-feira e foi alvejado por um atirador na frente de sua família. O assassino, que usava máscara e luvas, fugiu em um carro preto, deixando a família em estado de choque. Vizinhos relataram ter ouvido os tiros e os gritos desesperados da esposa de Geisler, enquanto chamavam a Polícia Militar e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para prestar socorro.
Pessoas próximas descreveram Geisler como alguém discreto, com dificuldade no domínio da língua portuguesa, enquanto a esposa era comunicativa e receptiva. Ele costumava frequentar uma padaria diariamente e se apresentava como marceneiro quando questionado sobre sua ocupação.
Segundo as investigações, Geisler vivia de recursos provenientes de familiares no exterior, não mantinha atividade remunerada no Brasil e seu dinheiro vinha do exterior. Além disso, suas informações pessoais e passaporte eram falsos, levantando suspeitas sobre suas verdadeiras atividades e identidade em solo brasileiro.
O delegado responsável pelas investigações, Luiz Ricardo Lara Dias Júnior, confirmou que Geisler era procurado pela Interpol e a possibilidade de que o homicídio ocorrido em Montenegro esteja ligado a outros atos violentos cometidos por ele no Leste Europeu. As autoridades continuam as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime e as conexões de Geisler com outras ações violentas e homicídios na Europa.
O depoimento da esposa de Geisler à polícia revelou que ela desconhecia as atividades criminosas do marido, deixando as autoridades em busca de mais pistas sobre os responsáveis pelo assassinato e as motivações por trás do crime.
Portanto, o caso continua a chocar a comunidade de Santos e levanta questionamentos sobre a verdadeira identidade e as atividades obscuras de Darko Geisler, reforçando a necessidade de esclarecer todos os aspectos desse crime brutal que abalou a cidade.