Após oscilar entre leves altas e baixas na faixa dos 130 mil pontos, o Índice Bovespa ganhou força após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA, que caiu 0,1% em dezembro, frente à expectativa de alta de 0,2%. Esses números reforçaram a percepção de que o Fed poderá iniciar um ciclo de cortes na taxa de juros a partir de março, o que impulsionou o mercado acionário.
De acordo com Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos, o mercado está apostando num corte dos juros americanos em março, o que está impulsionando as ações. No entanto, há o debate sobre se esse movimento é racional ou exagerado, à medida que se espera que os cortes sejam graduais.
Enquanto o mercado aguardava a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que veio acima do esperado, os investidores permanecem atentos às sinalizações do Fed e à trajetória dos cortes de juros. Lucca Ramos, sócio da One Investimentos, ressaltou a importância de analisar de forma coerente as declarações do Fed, apesar das oscilações nos indicadores econômicos.
O avanço do Ibovespa ignorou a queda de 1,76% do minério de ferro na China, em meio à divulgação de dados fracos de inflação do país. Além disso, o petróleo avançou mais de 4,00%, refletindo as tensões geopolíticas após um ataque com mísseis de EUA e Reino Unido ao Iêmen. Isso contribuiu para o desempenho positivo das ações da Petrobrás.
Com a expectativa de queda dos juros nos EUA em março, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA cederam, influenciando os juros futuros no Brasil. Isso levou a um avanço em algumas ações ligadas ao ciclo econômico doméstico.
Às 11h29, o Ibovespa subia 0,85%, atingindo a máxima de 131.758,43 pontos, frente a um recuo de 0,18% na mínima aos 130.409,66 pontos. Na semana anterior, o indicador teve uma desvalorização de 1,04%. A expectativa é de que os movimentos do Fed e as oscilações nos mercados internacionais continuem influenciando a bolsa de valores nas próximas semanas.