Governo envia Projeto de Lei para ampliar participação dos credores em processos de falência e recuperação judicial.

Na última terça-feira, foi apresentado o Projeto de Lei 3/24, do Poder Executivo, que visa alterar a Lei de Recuperação Judicial e Falências, ampliando a participação dos credores nesses processos, elevando a taxa de recuperação de créditos e mitigando os riscos aos envolvidos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o processo de falência no Brasil é moroso e pouco efetivo, com pouca influência dos credores e falta de transparência, prejudicando a eficiência e a produtividade da economia. Por isso, a proposta do governo deve conferir celeridade à tomada de decisões nos processos de falência, facilitando o acesso a informações e modernizando a governança.

Entre as principais mudanças previstas no projeto, a assembleia geral de credores poderá nomear um gestor no processo de liquidação de ativos e de pagamento aos interessados. Além disso, o texto propõe a divulgação pela internet de um plano com as principais etapas do processo de falência, incluindo a gestão dos recursos financeiros da massa falida, a venda dos ativos, as providências em relação aos processos judiciais ou administrativos em andamento, o pagamento dos passivos, e a eventual contratação de profissionais, empresas especializadas ou avaliadores.

Essa proposta integra a Agenda de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, visando o aperfeiçoamento regulatório e a busca por maior eficiência do setor produtivo. De acordo com o governo, o objetivo é que o texto tramite em regime de urgência constitucional, demonstrando a importância que a administração federal atribui a essa reforma.

Por enquanto, a proposta ainda precisa ser despachada para as comissões permanentes da Câmara dos Deputados, onde será analisada e discutida antes de ser levada a voto. A expectativa é que o projeto seja debatido de forma detalhada e aprofundada pelos parlamentares, levando em consideração os impactos que as mudanças propostas podem ter no cenário econômico do país.

Com a aprovação desse projeto de lei, espera-se que haja um avanço significativo no processo de falências no Brasil, promovendo uma maior transparência, agilidade e eficácia nas resoluções de conflitos envolvendo credores e devedores. Ainda assim, é fundamental que o debate e a análise dessa proposta sejam realizados de forma criteriosa, a fim de garantir que as mudanças propostas contribuam efetivamente para a melhoria do sistema de falências do país.

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