O pai da vítima mencionou os estrangeiros quando registrou o caso na tarde daquele dia. Os agentes localizaram a família, sendo o casal e três filhos, e ouviram o argentino que brincou por alguns minutos com a criança antes de ela desaparecer.
Em depoimento, o estrangeiro confirmou que o filho dele brincou com Davi por cerca de 20 minutos e que, logo depois disso, foram embora. O argentino relatou ainda que não viu para onde foi o menino.
Ainda de acordo com os investigadores da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, imagens de câmeras de segurança mostraram os turistas saindo da praia e chegando no hotel onde estavam hospedados também na Barra, sem a presença de Davi.
No dia em que desapareceu, o menino estava acompanhando o pai, Édson dos Santos Almeida, 47, que trabalha há três anos como barraqueiro nas imediações do posto 4 da praia. Segundo Édson, o filho sumiu após brincar com crianças estrangeiras na areia.
A polícia afirma que todas as linhas de investigação ainda são consideradas, mas a mais forte indica que o menino nunca saiu da praia.
Ao menos três testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram ter visto Davi entrar no mar antes de desaparecer na tarde de quinta-feira (4). Em depoimento, um homem que atua na barraca com o pai de Davi afirmou que teria pedido para o menino sair da água tendo em vista as condições do mar, que estava agitado.
Outra testemunha também relatou que a criança teria pedido uma prancha emprestada para entrar na água, mas que não atendeu o pedido porque o mar estava revolto.
Um vídeo cedido à investigação por uma testemunha mostra a criança na beira do mar por volta das 15h30 da tarde, cerca de 1h30 antes do registro do desaparecimento. Nas imagens, Davi aparece de camisa térmica preta, brincando na beira da água próximo a uma bandeira vermelha que indicava perigo.
Nesta quarta (10), policiais civis e bombeiros entraram no quinto dia de buscas pela criança. As equipes concentram os trabalhos nas praias da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba com aeronave, drone, moto aquática e mergulhadores. Os agentes também analisam imagens de câmeras dos postos 3 e 5 da orla da Barra da Tijuca, cedidas pela Prefeitura do Rio. As câmeras localizadas no local em que Davi foi visto pela última vez, no posto 4, estavam em manutenção naquele dia, segundo informou o município.
Com mais de uma semana de investigações e buscas, a Polícia Civil ainda busca solucionar o mistério do desaparecimento do menino, mantendo todas as linhas de investigação abertas. Até o momento, as autoridades não descartam nenhuma possibilidade e seguem empenhadas em encontrar o paradeiro de Édson Davi Silva de Almeida.