Ano de 2023 é o mais quente da história do planeta, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM)

O ano de 2023 entrou para a história como o mais quente já registrado no planeta, de acordo com dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). No Brasil, a média anual das temperaturas ficou em 24,92ºC, um aumento de 0,69ºC em relação à média histórica de 1991/2020, que é de 24,23ºC. Em 2022, a média anual foi ligeiramente menor, atingindo 24,07ºC, 0,16ºC abaixo da média histórica.

Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelou que nove dos 12 meses de 2023 tiveram médias mensais de temperatura acima da média histórica, com destaque para setembro, que apresentou um desvio de 1,6ºC em relação à média. O aumento das temperaturas ao longo do ano foi atribuído a nove episódios de onda de calor, influenciados pelo fenômeno El Niño, que causa um aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Além disso, outros fatores, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos, contribuíram para a ocorrência de eventos extremos.

O Inmet também analisou os desvios de temperaturas médias anuais do Brasil desde 1961 e verificou uma tendência de aumento estatisticamente significativo ao longo dos anos, associada à mudança no clima devido à elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais. As temperaturas mais elevadas foram observadas em várias regiões do país, incluindo o sul do Pará, Mato Grosso, sul de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, áreas de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco e Ceará.

A nível global, a OMM divulgou que a temperatura média da superfície global ficou 1,4ºC acima da média histórica de 1850/1900 até outubro de 2023. Com esse valor, o ano de 2023 já é considerado o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas, superando os recordes anteriores de 2016 e 2020. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, confirmou que o ano passado foi o mais quente registrado no planeta e provavelmente o mais quente do mundo nos últimos 100 mil anos.

Diante dessas informações, especialistas alertam para a urgência de ações concretas no combate às mudanças climáticas e para a necessidade de mitigar os impactos do aquecimento global. A comunidade científica aponta a necessidade de redução das emissões de gases de efeito estufa e de adoção de políticas sustentáveis em nível global para frear o avanço das mudanças climáticas e seus efeitos devastadores sobre o planeta.

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