De acordo com relatos dos vestibulandos, a falta de preparo dos fiscais da prova para lidar com a situação de emergência causou indignações. Os estudantes alegam que a falta de energia resultou em um atraso de uma hora na prova, uma vez que foram instruídos a fechar seus cadernos e aguardar o retorno da eletricidade. A coordenadora local inicialmente indicou que o tempo perdido seria compensado, mas posteriormente determinou que os cadernos fossem fechados, impossibilitando muitos candidatos de concluir a prova.
Além disso, a película que cobre os vidros das janelas das salas de aula tornou o ambiente ainda mais escuro, dificultando a leitura e a resolução das questões. Laura Lopes Luna, uma das vestibulandas afetadas, relatou que algumas salas foram instruídas a entregar a prova enquanto outras continuaram, evidenciando a falta de comunicação entre a coordenação e os fiscais, bem como a ausência de tratamento isonômico aos candidatos.
A situação se agravou ainda mais quando alguns fiscais permitiram o uso de lanternas de celular durante a falta de energia, indo de encontro ao regulamento que proíbe o uso de dispositivos eletrônicos durante as provas. Além disso, a comunicação entre candidatos sobre a prova e a ausência de revista com detector de metal para o uso dos sanitários foram relatadas.
A falta de energia também gerou informações conflitantes sobre o horário de término da prova, o que levou vários estudantes a registrarem Boletim de Ocorrência. Diante disso, a Pró-Reitoria de Graduação da Unifesp e a Fundação Vunesp, responsável pela aplicação da prova, anunciaram a anulação da Prova de Conhecimentos Específicos do Vestibular 2024.
A reaplicação da prova está prevista para o dia 07 de fevereiro, e as informações referentes aos locais e horários serão divulgadas no dia 02 de fevereiro. As provas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e Redação aplicadas em 07/01/2024 permanecem inalteradas.
Em nota, as instituições lamentaram o inconveniente causado e reforçaram seu compromisso com a qualidade e isonomia do processo seletivo. A situação caótica vivida pelos estudantes durante o vestibular exigiu ações emergenciais e motivou a anulação da prova, visando garantir a justiça no processo seletivo.