Em nota à imprensa, Filipe Mello afirmou que desistiu devido às “polêmicas infrutíferas” causadas pela nomeação. Segundo ele, mesmo sendo uma ação completamente legal, ele e o governador concluíram que ele deve continuar auxiliando-o da maneira como já o faz, mas sem ocupar cargo no governo. Mello também criticou as acusações de nepotismo, que ele considerou como sendo “esquerda sendo esquerda”.
Cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal define nepotismo como a nomeação de parentes até o terceiro grau para cargos de comissão e de confiança. Por outro lado, a Constituição Federal determina que a administração pública deve ser conduzida pelos princípios da “moralidade e da impessoalidade”.
A assessoria do governo de Santa Catarina informou que ainda não há um nome substituto para a Secretaria da Casa Civil e que o governador não irá se pronunciar sobre a situação. Já a posse de Filipe estava marcada para o dia seguinte. O ex-secretário da Casa Civil, Estêner Soratto da Silva Júnior, retomou seu cargo de deputado estadual.
Apesar do imbróglio, Filipe Mello já exerceu cargos políticos no estado, sendo secretário na administração estadual entre 2011 e 2016, e também na prefeitura de Florianópolis, em duas ocasiões. Ele considerou a decisão do desembargador que liberou sua nomeação como uma forma de “restabelecer a legalidade já existente”, e classificou a decisão que suspendeu sua posse no cargo público como “anormal”.
Dessa forma, a situação envolvendo a nomeação de Filipe Mello para a Secretaria da Casa Civil em Santa Catarina continua gerando repercussão e polêmica. É importante destacar que, apesar de desistir do cargo, as discussões sobre nepotismo e o papel da família do governador na administração pública devem continuar sendo tema de debate nos próximos dias. A decisão final de Filipe Mello e as circunstâncias que envolvem essa situação ainda devem ser analisadas de maneira mais aprofundada, e espera-se que nas próximas semanas os rumos da situação sejam esclarecidos.