Segundo o governo indiano, a produção de carvão do país deve dobrar até 2030, alcançando a marca de 1,5 bilhão de toneladas. Além disso, o ministro de energia Raj Kumar Singh apresentou planos para adicionar 88 gigawatts de usinas termelétricas até 2032, a maioria delas queimando carvão.
Esse movimento pode parecer contraditório, pois a Índia é vulnerável aos impactos climáticos. No entanto, o primeiro-ministro Narendra Modi está ansioso para evitar riscos de escassez de energia, especialmente com a proximidade das eleições.
Embora a Índia tenha metas ambiciosas de capacidade de energia limpa até 2030, a construção de energia solar e eólica está aquém do necessário. Isso se deve a incentivos desalinhados, dificuldade de aquisição de terras e falta de políticas consistentes no país.
No entanto, o carvão também enfrenta desafios para atrair novos investimentos, pois a construção de usinas de energia solar e eólica é mais rápida e barata. A previsão é que o uso de carvão atinja o pico antes de 2040.
Para lidar com essa questão, a Índia precisa de investimentos em sua infraestrutura energética, visando impulsionar o crescimento econômico do país. Além disso, é necessário que países desenvolvidos ofereçam incentivos e apoio tecnológico para que a Índia passe por uma transição mais verde.
Apesar de acordos internacionais sobre a transição dos combustíveis fósseis, ainda não há soluções eficazes para ajudar países em desenvolvimento, como a Índia, a substituir o carvão. O ministro do meio ambiente indiano ressaltou a necessidade de políticas, transferência de tecnologia e treinamentos para lidar com essa questão.
Portanto, o desafio global é oferecer alternativas viáveis para os países em desenvolvimento que desejam reduzir o uso de carvão e investir em energia limpa. A Índia, assim como outros países em desenvolvimento, precisa de apoio internacional para fazer essa transição de forma sustentável.