Um dos pontos altos desse calor extremo foi a máxima histórica do país, atingindo 44,8°C em Araçuaí, Minas Gerais, em novembro. Além disso, o ano foi marcado por extremos de chuva e secas históricas em regiões como São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e na Amazônia. Os registros apontam para diversas ondas de calor que podem se repetir durante o verão deste ano.
No entanto, o panorama do calor intenso não se restringe apenas ao Brasil. Pesquisadores já indicavam que 2023 seria o ano mais quente dos últimos 125 mil anos, com meses de temperaturas muito acima da média. A OMM (Organização Meteorológica Mundial) também apontou que o ano atingiria uma média de temperatura 1,4°C acima dos níveis pré-industriais, refletindo um cenário de recordes climáticos quebrados.
Para o ano de 2024, a expectativa é de que seja mais um dos anos mais quentes da história, com a combinação de oceanos e planeta mais quentes, juntamente com os efeitos do El Niño, podendo causar ondas de calor e possíveis recordes de temperatura no verão. No entanto, as análises meteorológicas apontam para a possibilidade de um arrefecimento do El Niño, o que poderia trazer algum alívio.
Com o cenário cada vez mais sujeito aos efeitos da mudança climática, o Brasil e o mundo enfrentam um desafio crescente em lidar com as consequências do aquecimento global. Ações e estratégias de adaptação e mitigação se fazem necessárias para lidar com as mudanças climáticas e seus impactos na vida cotidiana. O desafio de encontrar soluções para a crise climática é urgente e demanda uma resposta global coordenada e eficaz.