De acordo com a pesquisa, a carne bovina, o óleo de soja e outros produtos que foram vilões da inflação em 2022, viraram o jogo no ano passado. O preço da carne bovina de primeira, feijão carioquinha, café, óleo de soja e farinha de trigo registrou queda em todas as 17 capitais pesquisadas em 2023, com recuos acumulados no ano na casa de dois dígitos.
Apesar do alívio no orçamento das famílias devido ao recuo nos preços da comida, combinado com a valorização do salário mínimo e política de transferência de renda, os técnicos do Dieese alertam que há desafios importantes a serem enfrentados para o custo dos alimentos neste ano. Entre os fatores que podem acarretar alta de preços estão problemas climáticos, conflitos externos e o câmbio desvalorizado, que estimula a exportação.
No mês passado, o maior custo da cesta básica de alimentos foi registrado em Porto Alegre (R$ 766,53), seguido por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Em São Paulo, o custo caiu 3,83% em 2023, um sinal positivo para o bolso do consumidor.
Os produtos que apresentaram alta de preços no ano foram arroz agulhinha, feijão preto, pão francês, açúcar, batata e farinha de mandioca. No entanto, o Dieese destaca que, ao se comparar o custo da cesta e o salário mínimo líquido, quem ganhava o piso comprometeu em dezembro do ano passado 53,59% da renda para comprar a cesta básica, ante 60,22% em dezembro de 2022.
Diante desse cenário, é importante que a população esteja atenta a possíveis variações nos preços dos alimentos neste ano, mantendo um consumo consciente e buscando alternativas para manter o equilíbrio financeiro diante das oscilações do mercado.