O governo boliviano defende que a ação da África do Sul deveria ser apoiada por toda a comunidade internacional, citando o relatório da ONU que aponta a morte de mais de 21 mil pessoas desde o início das hostilidades, a maioria delas crianças e mulheres. Para a Bolívia, tais números refletem as ações desumanas do Estado de Israel.
A denúncia da África do Sul afirma que os atos e omissões de Israel são de caráter genocida, com a intenção específica de destruir os palestinos em Gaza como parte de um grupo étnico mais amplo. Além disso, a África do Sul alega que as ações de Israel violam suas obrigações com a Convenção do Genocídio.
Por sua vez, Israel nega veementemente as acusações de genocídio e classifica a ação na CIJ como infundada. O governo israelense atribui o sofrimento dos palestinos na Faixa de Gaza ao grupo islâmico Hamas, acusando-os de usar civis como escudos humanos. Israel ressalta que não considera os residentes de Gaza como inimigos e afirma estar fazendo esforços para limitar os danos aos não envolvidos e permitir a entrada de ajuda humanitária na região.
A CIJ irá realizar audiências para discutir a denúncia da África do Sul contra Israel nos próximos dias, e o desenrolar desse processo judicial certamente terá repercussões significativas na comunidade internacional, especialmente no que diz respeito ao conflito entre Israel e Palestina. Este é mais um capítulo de uma longa e conturbada história de hostilidades na região, que envolve não apenas os países diretamente envolvidos, mas também a atenção e preocupação de governos e organizações em todo o mundo.