A usina nuclear de Shika, localizada a 65 quilômetros do epicentro do terremoto de 7,6 graus de magnitude que atingiu a região de Hokuriku, no Japão, na última segunda-feira, 1º, identificou uma mancha de óleo na superfície do mar em frente ao empreendimento. A Hokuriku Electric, responsável pela usina, informou que a mancha tinha entre cinco e dez metros e foi tratada com um neutralizante. Segundo a empresa, os níveis de radiação externa não foram afetados e não há impactos adversos para a saúde humana ou para o meio ambiente.
De acordo com a concessionária, a mancha teria sido causada pelo vazamento do óleo isolante do transformador durante o terremoto. O sistema de extinção de incêndio teria dispersado o óleo e borrifado água ao redor do transformador. As principais fontes de alimentação externa, instalações de monitoramento e sistemas de refrigeração da planta estão funcionando normalmente. No entanto, outros impactos, como a interrupção temporária do fornecimento de energia, também foram sentidos.
Enquanto isso, equipes de resgate continuam trabalhando em meio à neve para entregar suprimentos às aldeias isoladas afetadas pelo terremoto, que matou mais de 120 pessoas. Na manhã deste domingo, 195 pessoas ainda estavam desaparecidas e 560 haviam ficado feridas.
É importante ressaltar que a situação continua sendo avaliada pela concessionária responsável pela usina nuclear. A empresa está monitorando de perto os possíveis impactos do vazamento de óleo e mantém seu compromisso com a segurança tanto das instalações quanto da população local. Os desdobramentos dos esforços de resgate e das investigações sobre os impactos do terremoto também são acompanhados de perto pelas autoridades competentes.
É essencial que as instalações nucleares, especialmente em áreas propensas a desastres naturais, estejam preparadas para enfrentar situações de emergência, como vazamentos de substâncias perigosas, e que medidas de prevenção e resposta sejam implementadas de forma eficiente. A segurança da população e do meio ambiente deve ser prioridade absoluta, principalmente em locais onde a energia nuclear é utilizada para a geração de eletricidade.
