Nas ruas da cidade, é possível observar pilhas de lixo tão grandes que bloqueiam completamente as calçadas e se estendem por boa parte das pistas de automóveis, gerando transtornos consideráveis para pedestres e motoristas. Moradores do bairro Pedreira chegaram ao ponto de atear fogo em entulhos e sacolas de lixo na avenida Arthur Bernardes, bloqueando completamente a via por cerca de uma hora.
Diante da situação, o prefeito Edmilson Rodrigues lançou a operação “Limpezão Emergencial”, com mais de mil agentes de limpeza e 74 caminhões de coleta de lixo. O prefeito atribui a crise do lixo a uma queda na arrecadação municipal e a contratos malfeitos com o aterro sanitário de Marituba por gestões anteriores. Segundo ele, a solução definitiva para o problema está próxima, com a conclusão de uma licitação que resultará na instalação de um novo sistema de limpeza urbana e tratamento dos resíduos.
Além da coleta deficiente, Belém enfrenta problemas na destinação do lixo, já que o aterro sanitário de Marituba atingiu sua capacidade e teve seu fechamento adiado por acordos firmados no TJ-PA. A empresa responsável pela administração do aterro, a Guamá Tratamentos de Resíduos, chegou a anunciar a suspensão do recebimento de resíduos sólidos da capital do Pará após acusar a falta de pagamento por parte da Prefeitura.
Além do lixo, Belém também enfrenta problemas relacionados ao saneamento básico, com uma baixa cobertura de esgotamento sanitário e problemas na qualidade da água potável. Diante de todos esses desafios, a população aguarda uma solução por parte da prefeitura para enfrentar essa situação. A Prefeitura de Belém foi questionada sobre a dívida com a Guamá e planos para melhorar os índices de saneamento básico, mas não respondeu até o momento. Com a proximidade da COP30, a expectativa é que a questão do lixo e do saneamento básico na cidade receba a devida atenção e solução.