Agora, com o registro definitivo, o medicamento pode ser utilizado por toda a população, e a bula não terá mais critérios alterados. Composta por dois antivirais (nirmaltrevir + ritonavir), a droga atua bloqueando a replicação do Sars-CoV-2 nas células. Estudos clínicos comprovaram sua eficácia, mostrando uma redução de 89% no risco de hospitalização e cerca de 44% no risco de morte em pessoas vacinadas acima de 50 anos.
A administração do Paxlovid consiste em um comprimido de 400 mg, duas vezes ao dia, por cinco dias, com a ressalva de que não deve ser utilizado por mais de cinco dias e não é indicado para gestantes ou pacientes com insuficiência renal grave. Estudos no exterior indicam que a droga protege pessoas de maior risco para adoecimento grave, como imunocomprometidos, e reduz o risco de morte ou hospitalização até 28 dias após a infecção. No entanto, em indivíduos com risco menor, como aqueles com 70 anos ou mais não vacinados, não houve redução significativa do risco de hospitalização e morte.
Um estudo publicado no Journal of Medical Virology apontou que o uso do Paxlovid nos primeiros dias da infecção em indivíduos vacinados e sem necessidade de hospitalização reduziu o risco de desenvolver Covid longa nos 90 dias seguintes à infecção.
Com o registro definitivo, a expectativa é que a pílula contra a Covid da Pfizer possa ser mais amplamente utilizada, trazendo benefícios significativos para a prevenção e tratamento da doença, especialmente em grupos de risco. A Anvisa continua acompanhando a evolução das pesquisas e estudos sobre o medicamento, a fim de fornecer a população brasileira com as opções mais seguras e eficazes no combate à pandemia.