Os vereadores Milton Ferreira (Podemos) e Beto do Social (PSDB) emitiram notas em suas redes sociais anunciando a retirada de suas assinaturas do protocolo. No dia anterior, Sidney Cruz (Solidariedade), Nunes Peixeiro (MDB), Thammy Miranda (PL), Xexéu Tripoli (PSDB) e Sandra Tadeu (União Brasil) também declararam posição contrária à abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Além disso, o líder do governo, Fábio Riva (PSDB), e o vice-presidente da Câmara, João Jorge (PSDB), sinalizaram que também podem retirar o apoio à CPI. A decisão sobre a instauração da CPI será votada em plenário na primeira semana de fevereiro, quando o Legislativo paulistano volta do recesso de fim de ano. Serão necessários 28 votos favoráveis em duas votações para que a CPI seja instaurada, sendo a primeira para avaliar a abertura da investigação e a segunda para aprovar a proposta.
O autor do requerimento para a CPI das ONGs, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), afirmou que 25 parlamentares assinaram o pedido de instauração da investigação no começo de dezembro. No entanto, com a retirada de apoio de alguns vereadores, a aprovação da CPI pode estar ameaçada. A controvérsia em torno do tema promete gerar debates acalorados no retorno das atividades legislativas na capital paulista.
A discussão sobre a transparência e a atuação das ONGs no centro de São Paulo continua a mobilizar diversos atores políticos e sociais, e a reviravolta na posição dos vereadores mostra o quão delicada e controversa é essa questão. A retirada de apoio de alguns parlamentares à CPI das ONGs torna ainda mais incerto o destino da investigação, levantando questionamentos sobre as motivações por trás dessa mudança de posicionamento e o impacto que isso terá na transparência e na prestação de contas das organizações não governamentais na cidade de São Paulo.