O objetivo do acordo, segundo o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Romano Costa, é elaborar planos de segurança para prevenir ataques e promover a troca de informações entre o setor público e a iniciativa privada. O planejamento integrado para o combate a organizações criminosas também faz parte das metas estabelecidas.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), que tem como foco principal a luta contra essas organizações. Em especial, o acordo visa combater o novo cangaço, uma das principais preocupações na área da mineração.
A ação deve abranger municípios de estados como Mato Grosso, Bahia, Goiás e Minas Gerais. Atualmente, as autoridades estão realizando a seleção das cidades prioritárias e estabelecendo contatos com as autoridades locais para elaborar um plano de ação.
O vice-presidente do Ibram, Fernando Azevedo, destacou que entre 2010 e 2019 ocorreram 11 ataques a mineradoras de ouro e metais preciosos. Em 2019, um grande roubo de 718,9 kg de metais preciosos foi registrado no terminal de cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, gerando grande preocupação devido ao valor elevado desses materiais.
O ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, ressaltou a importância de proporcionar segurança para as empresas que atuam no país. “O crime organizado ameaça a vida, destrói a economia e afronta o estado democrático de direito”, afirmou. Ele acrescentou que a parceria visa auxiliar no desenvolvimento do país, pois ninguém investe em um ambiente onde não há segurança para o desenvolvimento de empreendimentos.
Por meio desse acordo de cooperação, o governo brasileiro e o setor de mineração esperam fortalecer a segurança em áreas vulneráveis, promovendo um ambiente mais estável e propício para o crescimento econômico e o investimento privado.