A postagem do presidente não fez menção direta à possível CPI, mas ressaltou a dedicação do padre Lancelloti em oferecer dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Junto à publicação, Lula compartilhou uma foto dos dois abraçados, em demonstração de apoio ao religioso.
A CPI em questão foi protocolada na Câmara Municipal no último dia 6 de dezembro e já colheu as assinaturas necessárias para sua instauração. Entretanto, a instalação da comissão ainda depende da aprovação em plenário, o que tem previsão para acontecer somente após o recesso legislativo, em fevereiro.
O vereador Rubinho Nunes, autor da proposta da CPI, enfocou a atuação de Lancelloti e do movimento A Craco Resiste como principais alvos de investigação. Em suas redes sociais, Nunes acusou o religioso e outros de lucrarem politicamente com a situação de caos na Cracolândia, indicando que a CPI tem como objetivo investigar “toda essa máfia da miséria.”
Diante das acusações, Julio Lancelloti reiterou que não pertence a nenhuma organização da sociedade civil ou ONG que tenha convênio com o Poder Público Municipal. Já o movimento A Craco Resiste também negou ser uma ONG, destacando atuar na frente da redução de danos e resistência contra a opressão, sem vínculo oficial com as atividades sob investigação na CPI.
A situação envolvendo o padre Lancelloti e a possível CPI em São Paulo promete ser um tema de interesse público nos próximos meses, conforme as investigações avançarem e mais informações sobre o caso sejam divulgadas. Este é um acompanhamento que merece atenção da sociedade, tendo em vista a relevância do trabalho desenvolvido pelo religioso e os desdobramentos políticos que cercam o caso.