Lula utilizou suas redes sociais para defender o trabalho do religioso, afirmando que “graças a Deus” o país tem pessoas como Júlio Lancellotti e que seu trabalho é essencial para assistir a população em situação de vulnerabilidade social. O presidente ressaltou a dedicação de Júlio Lancellotti em oferecer dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua na capital paulista.
A CPI, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), tem como alvo o trabalho de ONGs que atuam no centro de São Paulo, especialmente na região da cracolândia. O vereador deixou claro que seu principal alvo é o padre Júlio Lancellotti, do qual é um crítico.
Além disso, o parlamentar também mira duas entidades próximas ao religioso, o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo A Craco Resiste. Segundo Nunes, ambas as entidades teriam ligação com padre Júlio.
Porém, o próprio padre afirmou que não faz parte de nenhuma ONG e não tem envolvimento com projetos que envolvam dinheiro público, questionando a necessidade de uma investigação sobre suas atividades. Ele ressaltou que suas ações são realizadas pela Arquidiocese de São Paulo, que não é uma ONG e não tem convênio com a prefeitura.
Além de Lula, outros membros do governo também defenderam Júlio Lancellotti, como o ministro Alexandre Padilha, que manifestou solidariedade ao religioso e afirmou que a proposta de CPI é uma forma de perseguição a defensores da justiça social.
Assim, a defesa de Júlio Lancellotti por parte de figuras públicas demonstra a repercussão do caso e a preocupação com as possíveis motivações por trás da investigação do religioso. A discussão sobre a instalação da CPI das ONGs e seu impacto nas atividades sociais realizadas pelo padre Júlio Lancellotti promete continuar gerando debate e polêmica nos próximos meses.