A S&P Global afirmou em relatório que esse resultado é consequência de um crescimento menos intenso na economia de serviços, ao mesmo tempo em que a produção industrial teve um declínio mais rápido. O PMI que mede apenas a atividade dos serviços também sofreu uma redução, passando de 51,2 pontos em novembro para 50,5 em dezembro.
Pollyanna de Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, destacou que a economia de serviços teve um crescimento mais fraco em dezembro, mas ainda assim manteve uma expansão ao longo do quarto trimestre. Por outro lado, o setor industrial registrou uma quarta queda consecutiva na produção.
A confiança em relação ao futuro melhorou, com o otimismo associado a melhores condições econômicas, estabilidade de preços e tendências de demanda positivas. Ainda segundo Pollyanna de Lima, os fabricantes observaram um aumento nas pressões sobre os custos em dezembro, mas ainda assim relutaram em aumentar os preços cobrados na prestação de serviços, buscando se manter competitivos e garantir novos pedidos.
A pesquisa da S&P também mostrou que o setor registrou um aumento na entrada de novos negócios no final de 2023, apesar de um ritmo de expansão mais moderado em dezembro. A resiliência da demanda sustentou as vendas em algumas empresas, mas outras indicaram escassez de novos pedidos.
Os provedores de serviços conseguiram manter o poder de precificação, aumentando seus preços em maior escala, apesar da inflação de custos ter recuado. No entanto, considerando o ambiente de demanda frágil, as vendas de serviços e, consequentemente, a atividade, podem ser impactadas negativamente no curto prazo, observou Pollyanna de Lima.
Esses dados apontam para um cenário desafiador para a economia brasileira, com a necessidade de medidas e estratégias que visem a recuperação e expansão dos setores industrial e de serviços. Acompanharemos atentamente as próximas divulgações de dados econômicos para entendermos a evolução desse panorama.