“Eu não falei em retirada. Você tem uma quantidade de câmeras que vai continuar. Não vamos descontinuar contratos”, afirmou o governador, deixando claro que a utilização das câmeras continuará conforme acordado nos contratos existentes.
No entanto, Tarcísio de Freitas ponderou que, atualmente, não há planos de expandir a iniciativa, já que a gestão estadual pretende investir em outras formas de monitoramento. Ele explicou que os recursos serão direcionados para o projeto da Muralha Paulista, que consiste em uma rede de segurança interligando câmeras e radares em diversas cidades de São Paulo.
Em contrapartida, o ministro em exercício da Justiça, Ricardo Cappelli, anunciou que o governo federal irá publicar, em fevereiro, diretrizes para o uso de câmeras corporais pelas forças policiais. Cappelli criticou a ideologização do debate sobre segurança pública e afirmou que o processo de definição das diretrizes envolveu a participação das polícias de todos os estados do país.
A questão do uso de câmeras nos uniformes dos agentes também ganha destaque no Rio de Janeiro. O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) anunciou que a partir da próxima segunda-feira, 8 de fevereiro, iniciará a adoção do uso de câmeras nos uniformes. Parte do efetivo já está utilizando o equipamento em formato de teste.
O secretário de Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, revelou em coletiva de imprensa que a expectativa é de que até o final do primeiro semestre todas as unidades policiais receberão as câmeras corporais.
Esse movimento de adoção e definição de diretrizes para o uso de câmeras corporais evidencia a importância da vigilância eletrônica para a segurança pública. Tanto a esfera estadual quanto a federal estão atentas à incorporação dessa tecnologia como forma de garantir a transparência e eficácia das operações policiais.