Entre 2018 e 2023, foram identificadas 24 intervenções de grande porte realizadas ou planejadas para os próximos anos, como parte dos esforços para combater a erosão costeira. Além do alargamento das praias, outras medidas também têm sido adotadas, como a construção de espigões de blocos de concreto ou pedras.
Enquanto alguns especialistas defendem o alargamento como uma estratégia eficaz para mitigar a erosão, outros criticam o alto custo das obras, que pode chegar a dezenas de milhões de reais, a necessidade de manutenção constante, além dos riscos urbanísticos e ambientais em um contexto de crise climática.
Em uma entrevista para o programa “Café da Manhã” da Folha, o oceanógrafo Ricardo Haponiuk, coordenador da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente, analisou as estratégias em curso para conter a erosão na costa brasileira e avaliou os efeitos dos projetos em andamento. Segundo Haponiuk, é importante considerar tanto os impactos ambientais quanto os custos financeiros envolvidos nessas intervenções.
O programa “Café da Manhã” é uma iniciativa da Folha, publicado de segunda a sexta-feira, e pode ser acessado no Spotify. Os episódios contam com a apresentação dos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe, e edição de som de Thomé Granemann.
A série “Praias Alteradas” da Folha tem buscado investigar e trazer à tona as transformações e intervenções nas praias brasileiras, oferecendo um panorama abrangente sobre o impacto da erosão costeira e as estratégias adotadas para enfrentar esse problema em diversas regiões do país.