Buscas pelo helicóptero desaparecido no litoral paulista continuam após 5 dias sem sucesso em localização.

Buscas ao helicóptero desaparecido no litoral norte de São Paulo continuam sendo realizadas, segundo informações da Força Aérea Brasileira (FAB). Desde terça-feira (2), o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV), também conhecido como Esquadrão Pelicano, tem dado apoio às buscas com uma aeronave SC-105 Amazonas e 15 tripulantes especializados. Até o momento, a aeronave já realizou 20 horas de voo na missão. O esquadrão é responsável pela ação de busca e salvamento de aeronaves e embarcações desaparecidas em todo o território nacional.

O helicóptero desaparecido saiu do Campo de Marte em São Paulo com destino a Ilhabela, no litoral norte do estado, com um piloto e três passageiros a bordo. Até o momento, nenhum vestígio da aeronave foi encontrado. A polícia militar retomou, nesta quarta-feira (3), por volta das 7h30, o trabalho de apoio às buscas através do Comando de Aviação da PM. O Águia 24 realizou um voo na região de serra, na cidade de Redenção da Serra, no Vale do Paraíba, sem sucesso na localização do helicóptero.

Após informações publicadas na imprensa sobre o piloto do helicóptero, Cassiano Tete Teodoro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou a cassação da licença e todas as habilitações do piloto em 15 de setembro de 2021. A Anac também informou que Teodoro recorreu à Justiça, sem obter sucesso na reversão da decisão. No entanto, a Anac não tem a confirmação da presença de Teodoro como piloto em comando do voo desaparecido.

Segundo a Anac, a licença do piloto foi cassada devido a evasão de fiscalização, fraudes em planos de voos e práticas envolvendo transporte aéreo clandestino. Mesmo assim, o piloto conseguiu obter uma nova licença, permitindo-o a pilotar helicópteros privados, mas sem autorização para realizar voos comerciais de passageiros.

A defesa do piloto alega que as atividades descritas pela Anac como irregulares serão esclarecidas junto ao seu cliente. Segundo a advogada Érica Zandoná, o piloto tinha autorização para voar em setembro de 2019, quando ocorreu a suposta irregularidade na qual a Anac tentou abordá-lo sem identificação visível. A decisão de decolar a aeronave foi tomada após os funcionários da Anac, vestidos à paisana, acenaram para ele no momento em que estava se dirigindo à área de decolagem.
Apesar das irregularidades relatadas pela Anac, a defesa alega que o piloto foi alvo de uma punição indevida e que as situações serão esclarecidas.
Apesar das especulações sobre a possível relação das atitudes do piloto com o desaparecimento do helicóptero, não há evidências que confirmem essa ligação. As buscas continuam na tentativa de localizar a aeronave e seus tripulantes desaparecidos.

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