Além disso, Tarcísio anunciou que não pretende investir mais recursos nesse tipo de tecnologia, mas irá cumprir os contratos já existentes. Em contrapartida, o governador defendeu a utilização de novas verbas em ações que ele considera mais eficazes para garantir a segurança da população, como tecnologia e inteligência artificial.
As declarações foram feitas durante um balanço do primeiro ano de gestão à frente do estado de São Paulo. Tarcísio destacou que pretende reforçar a presença de policiais em áreas com mais ocorrências, com a adição de 5.000 agentes e 500 viaturas no centro da capital paulista. Ele também mencionou a autorização para a contratação de 13 mil novos agentes e o investimento em bases móveis de policiamento.
No entanto, as declarações do governador geraram controvérsia, especialmente diante do aumento da letalidade policial no estado. Dados da Secretaria da Segurança Pública indicaram um aumento significativo na letalidade policial em 2023, com destaque para a Operação Escudo, que resultou em ao menos 28 mortes.
Em contraponto, Tarcísio afirmou que irá direcionar recursos para tecnologias de monitoramento e reconhecimento facial, destacando um investimento de R$ 250 milhões em 2024. Ele ainda mencionou a redução da letalidade policial após a implementação do programa de câmeras corporais, citando uma queda de 85% nas mortes decorrentes de intervenção policial nos batalhões com os equipamentos.
Além disso, o governador prometeu mais ações de inteligência no combate ao tráfico de drogas na região da cracolândia, no centro de São Paulo, e a realização de políticas para identificar os perfis de quem circula pela região.
Diante das declarações de Tarcísio, a decisão de descontinuar o investimento em câmeras corporais nos policiais militares e a priorização de tecnologias de monitoramento gera um debate sobre a eficácia das medidas de segurança. A polêmica em torno do tema envolve questões de direitos humanos e a busca por alternativas efetivas para garantir a segurança da população.