O nome da exposição, “Hendu Porã’rã”, é uma expressão utilizada pelo povo guarani para descrever o ato de “escutar com o corpo”, destacando a importância do corpo como um veículo para assimilar e compreender o mundo ao seu redor. O diálogo é uma parte central da vivência dos guarani, e a escolha das obras e peças que compõem a exposição foi realizada por meio de um processo coletivo e participativo de cocuradoria, liderado por Sandra Benites, Márcio Vera Mirim, Sônia Ara Mirim e Tamikuã Txihi.
A importância dos sonhos, a relação com alimentos tradicionais como o milho e a erva-mate, e a dança são alguns dos aspectos fundamentais abordados na exposição, assim como a percepção do tempo pelos guarani. A presença do povo guarani é evidente não apenas por meio de recursos visuais na exposição, mas também por meio de elementos sonoros, como conhecimentos transmitidos oralmente e cantos de mestres. Os visitantes também são convidados a interagir e se envolver mais profundamente com a cultura guarani, podendo sentar-se em um banco utilizado em rituais conhecido como “tenda’i”.
A exposição “Hendu Porã’rã, Escutar com o Corpo” está em exibição no Museu das Culturas Indígenas, localizado na Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, de terça a domingo, das 9h às 18h. Às quintas-feiras, o horário é estendido até as 20h. Nos dias 31 de dezembro, o museu estará aberto até as 13h, e estará fechado no dia 1º de janeiro. Ingressos podem ser adquiridos no site do museu. Esta é uma oportunidade única para os paulistanos e visitantes conhecerem e se envolverem com a rica cultura do povo guarani.