Cirurgia de redesignação sexual realizada pelo SUS na Bahia marca avanço no acesso a procedimentos de transgenitalização.

No dia 9 de agosto de 2023, a história de Yohana de Santana, bailarina e professora de dança, mudou significativamente. Com 47 anos na época, ela se submeteu à primeira cirurgia de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, realizada no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Após mais de quatro meses, a Agência Brasil procurou Yohana para uma entrevista, a fim de saber mais sobre a sua recuperação e como a cirurgia impactou sua vida.

Durante a entrevista, Yohana compartilhou seu processo de recuperação, destacando as palavras tranquilidade e naturalidade para descrever a experiência pós-operatória. Ela afirmou que a cirurgia foi uma correção e não uma mudança, e que se sentiu muito preparada psicologicamente para o procedimento, após assistir a depoimentos de pessoas que já haviam passado pela mesma experiência.

Além disso, Yohana ressaltou que a busca pela redesignação não foi apenas uma questão estética, mas sim de bem-estar e saúde mental. Ela enfatizou que a cirurgia permitiu uma sensação de plenitude e satisfação consigo mesma, que se refletiu em sua saúde mental e física.

A entrevista também abordou o acompanhamento psicológico necessário após a cirurgia, destacando a importância desse suporte para a saúde dos pacientes. Yohana ainda compartilhou sua experiência de exposição pública, explicando como sua visão sobre a importância de compartilhar sua história mudou ao longo do processo de preparação para a cirurgia.

O Hospital Universitário da UFBA, conhecido como Hospital das Clínicas, tem um centro de cirurgia de redesignação sexual credenciado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, o que permite a realização de diversos procedimentos nessa área. Além disso, o texto aborda a cobertura de cirurgias de redesignação sexual pelos planos de saúde, mencionando uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou a obrigação das operadoras de planos de saúde de cobrir esses procedimentos.

O processo de redesignação sexual pelo SUS no Brasil, assim como questões legais envolvendo planos de saúde, também foi abordado na matéria, trazendo um panorama abrangente sobre o cenário da cirurgia de redesignação sexual no país.

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