Polícia civil realiza operação contra quadrilha que extorquia em grupos pornográficos do Telegram

Na manhã desta quinta-feira, uma operação coordenada por policiais civis de três estados brasileiros resultou na prisão de quatro integrantes de uma quadrilha suspeita de extorquir dinheiro de pessoas que acessavam grupos de conteúdo pornográfico no aplicativo de mensagens Telegram. A ação, denominada Cyber Shield, teve início e foi comandada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal, contando com a participação de agentes de São Paulo e da Bahia.

A quadrilha, de acordo com informações da Polícia Civil do DF, era responsável por criar grupos de pornografia no Telegram para atrair as vítimas de extorsão. Os participantes desses grupos eram coagidos a fornecer dados bancários para ter acesso a conteúdo pornográfico, e em seguida, a quadrilha utilizava essas informações para realizar extorsões, inclusive ameaçando divulgar os dados na internet caso não houvesse o pagamento de determinada quantia.

Os alvos principais dos criminosos eram autoridades, pessoas com cargos públicos e seus familiares, e a quadrilha chegou a obter informações pessoais das vítimas por meio de bases de dados de segurança pública. Segundo o delegado Eduardo Fabbro, da Polícia Civil do DF, os suspeitos, que atuavam em três cidades diferentes, integravam uma facção identificada como PDM, aliada do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação contou com o apoio de agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil da Bahia, junto com policiais do DF, e também com o Grupo Especial de Reação da Polícia Civil de São Paulo. Os suspeitos serão indiciados por organização criminosa, extorsão, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro, e a operação teve o suporte de inteligência do Laboratório de Operações Cibernéticas, unidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para identificar o uso de tecnologia no acesso indevido aos dados das vítimas.

A ação reforça a importância do combate aos crimes cibernéticos e da atuação conjunta entre as forças de segurança dos estados brasileiros para garantir a segurança e a integridade das informações pessoais dos cidadãos. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros possíveis membros da quadrilha e garantir que a justiça seja feita.

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