A quadrilha, de acordo com informações da Polícia Civil do DF, era responsável por criar grupos de pornografia no Telegram para atrair as vítimas de extorsão. Os participantes desses grupos eram coagidos a fornecer dados bancários para ter acesso a conteúdo pornográfico, e em seguida, a quadrilha utilizava essas informações para realizar extorsões, inclusive ameaçando divulgar os dados na internet caso não houvesse o pagamento de determinada quantia.
Os alvos principais dos criminosos eram autoridades, pessoas com cargos públicos e seus familiares, e a quadrilha chegou a obter informações pessoais das vítimas por meio de bases de dados de segurança pública. Segundo o delegado Eduardo Fabbro, da Polícia Civil do DF, os suspeitos, que atuavam em três cidades diferentes, integravam uma facção identificada como PDM, aliada do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação contou com o apoio de agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil da Bahia, junto com policiais do DF, e também com o Grupo Especial de Reação da Polícia Civil de São Paulo. Os suspeitos serão indiciados por organização criminosa, extorsão, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro, e a operação teve o suporte de inteligência do Laboratório de Operações Cibernéticas, unidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para identificar o uso de tecnologia no acesso indevido aos dados das vítimas.
A ação reforça a importância do combate aos crimes cibernéticos e da atuação conjunta entre as forças de segurança dos estados brasileiros para garantir a segurança e a integridade das informações pessoais dos cidadãos. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros possíveis membros da quadrilha e garantir que a justiça seja feita.