O aumento no IPCA-15 de dezembro foi influenciado principalmente pelo aumento no preço das passagens aéreas, que subiram 9,02%, impactando em 0,09 ponto percentual. Esse resultado fez com que o grupo transportes tivesse o maior peso na inflação mensal, com uma contribuição de 0,16 ponto percentual. Ao longo de todo o ano de 2023, os bilhetes de avião tiveram um aumento de 48,11%.
Por outro lado, houve um alívio para o bolso do consumidor devido à queda no preço dos combustíveis, que teve uma redução de 0,27% em dezembro. O óleo diesel, o etanol e a gasolina tiveram quedas de 0,75%, 0,35% e 0,24%, respectivamente. Já o gás veicular teve um aumento de 0,08%.
O grupo alimentação e bebidas também teve um impacto significativo, com uma elevação de 0,54% em dezembro. Os alimentos no domicílio subiram 0,55%, impulsionados pelas altas da cebola (10,63%), batata-inglesa (10,32%), arroz (5,46%) e carnes (0,65%). Entretanto, o tomate teve uma queda de 7,95% e o leite longa vida teve uma redução de 1,91%. Já a alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,53%.
No acumulado de 12 meses, apenas um dos nove grupos analisados pelo IBGE apresentou queda de preços, os artigos de residência, com uma redução de 0,03%. Os demais grupos tiveram aumentos, com destaque para os grupos alimentação e bebidas (0,83%), habitação (4,94%), vestuário (3,39%), transportes (7,41%), saúde e cuidados pessoais (7,31%), despesas pessoais (5,54%), educação (8,20%) e comunicação (2,85%).
O IPCA fechado do mês de dezembro e do ano de 2023 será divulgado no dia 11 de janeiro, quando será possível ter uma visão mais completa do comportamento da inflação ao longo do ano.