Principal líder da maior milícia do Rio é preso em unidade de segurança máxima

O líder da maior milícia do Rio de Janeiro, Luis Antonio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, se encontra atualmente em uma unidade de segurança máxima do estado. Zinho está isolado na cela e tem como vizinhos outros 11 detentos, oito dos quais são suspeitos de integrar seu grupo criminoso. Além disso, há um representante de uma facção rival e dois suspeitos de atuarem como matadores de aluguel.

Zinho se entregou na véspera de Natal, na Superintendência da Polícia Federal, na região portuária do Rio de Janeiro. Desde então, tem permanecido em silêncio e não respondeu aos chamados dos outros presos. Sua prisão gerou comemorações na unidade onde estão detidos milicianos de grupos rivais.

Além de Zinho, outros detentos na mesma cela incluem Leonardo Gouvêa da Silva, conhecido como Mad, e Leandro Gouvêa da Silva, também condenados por integrar o chamado Escritório do Crime. Mad assumiu o comando do grupo em fevereiro de 2019, após a morte do antigo líder, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega. Ambos foram condenados a 13 anos e quatro meses de prisão por organização criminosa e sua participação em pelo menos três homicídios.

Outro detento na mesma cela é Taillon Alcântara Pereira Barbosa, condenado a oito anos e quatro meses de prisão por organização criminosa. Taillon foi alvo de traficantes que mataram por engano três médicos em um quiosque de praia na Barra da Tijuca, e a suspeita é que ele tenha sido identificado incorretamente pelos assassinos como sendo um miliciano.

André Costa Barros, também conhecido como André Boto, é mais um preso na mesma cela. Ele deu início a uma disputa contra Zinho e fez alianças com traficantes do Terceiro Comando Puro para se fortalecer na zona oeste do Rio de Janeiro. A Justiça manteve a prisão de Zinho, afirmando que o preso é de “elevadíssima periculosidade”. Sua advogada negou que ele seja chefe da milícia, alegando que as denúncias repousam em uma construção dedutiva do Ministério Público.

Segundo as investigações, Zinho assumiu o comando do grupo em 2021, após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, também conhecido como Ecko. Antes, o líder era outro irmão, Carlos da Silva Braga, conhecido como CL ou Carlinhos Três Pontes, ambos mortos pela polícia.

A prisão desses criminosos representa uma vitória na luta contra as organizações criminosas no Rio de Janeiro, mas também destaca a violência e o poder desses grupos. A manutenção da prisão de Zinho mostra que as autoridades reconhecem a periculosidade desses criminosos e a importância de mantê-los afastados da sociedade. Essas ações representam um passo significativo no combate à criminalidade e à segurança pública.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo