Zinho se entregou na noite de domingo (24) na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, após estar foragido desde 2018 e tendo doze mandados de prisão contra ele. A prisão do miliciano foi resultado de negociações com seus advogados, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Ele foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito e, em seguida, levado para o Presídio José Frederico Marques em Benfica, zona norte carioca, antes de ser transferido para Bangu 1 sob escolta de pelo menos 50 agentes da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
A rendição de Zinho ocorreu na mesma semana em que uma operação da PF investigou o envolvimento da deputada estadual fluminense Lucinha (PSD) e uma assessora dela com o grupo miliciano. As autoridades estaduais e federais comemoraram a prisão de Zinho, incluindo o governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
A audiência de custódia é uma rápida apresentação da pessoa presa a um juiz, em uma audiência em que também são ouvidos Ministério Público e a defesa do detido. O juiz analisa diversos aspectos da prisão, incluindo a legalidade e a regularidade do flagrante, a necessidade e a adequação da continuidade da prisão, além de possíveis medidas cautelares ou concessão de liberdade.
A prisão de Zinho representa um marco no combate à milícia no Rio de Janeiro, e a audiência de custódia será o próximo passo no desenrolar desse processo. A população aguarda atenta por desdobramentos e possíveis revelações sobre o funcionamento e estrutura das milícias no estado.