Conhecida como Família Braga, a organização liderada por Zinho é apontada como uma das maiores milícias no estado, sucedendo a outros líderes da mesma família, como Carlos da Silva Braga, o Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, e Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho de Zinho.
A estética adotada pela milícia, baseada em filmes de máfia, chamou a atenção das autoridades locais. Segundo relatos, os líderes milicianos investiam em cordões de ouro e charutos cubanos, conferindo uma aura cinematográfica às suas atividades. No entanto, tanto Carlinhos Três Pontes quanto Ecko acabaram mortos em ações policiais, ao passo que Faustão foi morto durante uma operação policial.
Além de seu envolvimento com a milícia, Zinho também esteve no centro de uma polêmica envolvendo a polícia local, onde alegou ter pago um suborno para ser liberado após uma prisão em 2017. Posteriormente, a promotoria descobriu que os delegados envolvidos nesse caso estavam envolvidos em casos de corrupção, tendo recebido pagamentos tanto de Zinho quanto de seu irmão líder miliciano.
A mais recente ação envolvendo Zinho foi seu suposto envolvimento na morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, em 2021. Além disso, a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha, foi afastada do cargo e acusada de ser o braço político de Zinho, influenciando mudanças nos comandantes de batalhões policiais que combatiam a quadrilha.
Vale ressaltar que Zinho é considerado um dos principais líderes das milícias no Rio de Janeiro, com uma longa história de envolvimento em atividades ilícitas e corrupção. A prisão desse líder representa um golpe significativo para a organização criminosa, mas as autoridades locais alertam que ainda há muito trabalho a ser feito para eliminar completamente a influência das milícias na região.