Segundo o estudo, as fortes chuvas que atingiram São Sebastião no Carnaval deste ano, consideradas um evento climático extremo, causaram danos materiais e até 64 mortes. As condições climáticas foram tão adversas que técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) ficaram duas semanas sem conseguir acessar pontos de monitoramento em praias da cidade.
Durante essa semana de tragédia, nove pontos das 30 praias analisadas pela Cetesb foram considerados impróprios, refletindo em uma queda no número de praias consideradas próprias em todas as medições, de 12 para 6. Já as praias regulares subiram de 13 para 21, as ruins recuaram de 4 para 3 e nenhuma foi considerada péssima neste ano.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelas praias de São Sebastião, as demais cidades do litoral norte apresentaram melhorias. Ilhabela viu o número de praias boas aumentar de uma para três e o de praias ruins diminuir de cinco para três. Em Ubatuba, as praias consideradas boas passaram de 16 para 22, enquanto as regulares reduziram de 14 para 8. Caraguatatuba também avançou, com seis praias próprias o ano todo.
De acordo com a gerente do setor de águas litorâneas da Cetesb, as condições climáticas favoráveis e os investimentos em saneamento contribuíram para a melhora na qualidade das praias, exceto em São Sebastião. No entanto, é preciso ficar atento aos alertas de riscos à saúde, uma vez que nadar em áreas impróprias pode causar doenças gastrointestinais e problemas de pele.
No geral, as praias paulistas apresentaram avanços em 2023. A quantidade de praias consideradas boas para banho subiu de 44 para 54, enquanto as regulares se mantiveram estáveis e as ruins e péssimas recuaram. São Paulo teve 175 pontos monitorados em 15 municípios do litoral neste ano, revelando um panorama favorável para os turistas e banhistas que frequentarão as praias paulistas no verão.