“Aquele cenário de preocupação que tínhamos antes já não existe. O afundamento reduziu significativamente, o que nos leva a entender que o solo pode se acomodar e estabilizar”, afirmou Abelardo em nota divulgada pela prefeitura de Maceió.
A preocupação com a mina 18 da Braskem teve início no último dia 10, quando parte da mina se rompeu em um ponto sob as águas da Lagoa Mundaú. Câmeras de segurança registraram o momento em que o solo cedeu, criando um redemoinho quando a água invadiu a caverna subterrânea resultante de décadas de exploração do sal-gema.
No entanto, um equipamento fundamental para o monitoramento das movimentações do solo foi perdido no rompimento. Após sua substituição e a instalação de um aparelho DGPS nas proximidades da mina, levou alguns dias para que ele começasse a fornecer dados consistentes sobre a situação do terreno.
Após dez dias de monitoramento com o novo equipamento, a Defesa Civil afirmou que a movimentação do solo teve uma significativa redução, afundando alguns milímetros por hora. Por exemplo, entre a tarde de sexta-feira (22) e a tarde de sábado (23), o deslocamento vertical totalizou 2,5 centímetros, uma velocidade de cerca de 1 mm por hora. Em comparação, em 29 de novembro, a velocidade de afundamento do solo chegou a 5 centímetros por hora.
Apesar do otimismo em relação à estabilização do solo, a Defesa Civil e a prefeitura alertam a população para evitar transitar pela área desocupada e navegar em parte da Lagoa Mundaú. É importante que todos estejam atentos e sigam as orientações das autoridades para garantir a segurança de todos.