De acordo com o levantamento, praias em Maragogi (AL), Morro de São Paulo (BA), Fortaleza (CE) e Maceió (AL) têm registrado índices preocupantes de qualidade da água, o que pode afetar a experiência dos turistas que visitam esses destinos. A maior parte das áreas monitoradas não atingiram um padrão considerado bom ao longo do ano, mostrando uma instabilidade significativa nessa questão.
A pesquisa levou em consideração 1.350 praias monitoradas em todo o litoral brasileiro, indicando que o problema é mais acentuado nas áreas turísticas no Nordeste. Levando em consideração os dados coletados desde 2016, é possível perceber uma tendência preocupante em relação à qualidade da água, que afeta não apenas o turismo, mas também a conservação do meio ambiente e a vida marinha.
Em locais como Morro de São Paulo, Maceió e Maragogi, a situação é especialmente crítica, com pontos de coleta que se mantiveram ruins ou péssimos por dois anos consecutivos. A falta de investimentos em saneamento básico e o avanço da especulação imobiliária são citados como fatores que contribuem para a degradação da qualidade da água nessas regiões.
Além disso, a situação afeta diretamente os ecossistemas marinhos, como os recifes de corais presentes em algumas dessas áreas. O lançamento de esgoto e a poluição da água podem impactar negativamente a vida marinha e as atividades relacionadas ao turismo, como o mergulho e a exploração das piscinas naturais.
Diante desse cenário, as autoridades locais já se manifestaram sobre as medidas que estão adotando para enfrentar o problema. As prefeituras de Maceió, Maragogi, Fortaleza e Cairu afirmaram estar realizando obras e programas para melhorar as condições sanitárias e de infraestrutura, além de aumentar a fiscalização e aplicar multas contra empresas responsáveis por extravasamentos de esgoto.
No entanto, fica evidente a necessidade de investimentos mais expressivos em saneamento básico e de medidas efetivas para preservar as praias e os ecossistemas marinhos. A baixa qualidade da água representa não apenas um risco para a saúde dos banhistas, mas também um impacto negativo para o turismo e para a conservação do meio ambiente.