De acordo com os dados do censo, os pardos somam 92,1 milhões de habitantes, representando 45,3% de toda a população brasileira. A divulgação dos dados pelo IBGE ocorreu na sede do bloco afro Olodum, em Salvador, capital do estado com maior população preta do país.
Além da ministra Anielle Franco, outros políticos também se pronunciaram a respeito dos resultados do censo. O deputado estadual Carlos Minc destacou a importância de combater o racismo e a desigualdade, ressaltando a necessidade de implementar com mais força a lei que determina o ensino das culturas afro-indígenas nas escolas.
O estado do Pará foi apontado como o que concentra a maior população de pessoas pardas no Brasil, o que levou a deputada estadual Lívia Duarte a comentar sobre a necessidade de políticas públicas que diminuam as desigualdades sociais a partir dos dados revelados no censo.
Os dados do recenseamento indicaram um aumento gradativo no percentual de pessoas que se identificam como pretos e pardos desde o ano 2000. Em 2010, esses grupos se tornaram maioria, representando 50,7% da população, em comparação com os 47,7% que se declaravam brancos.
Atualmente, a porcentagem da população que se reconhece como preta é de 10,2%, o que representa cerca de 20,6 milhões de pessoas. Essa tendência de ascensão se manteve no censo atual, com os pardos representando 43,1% da população e os pretos, 7,6%. A variação desse percentual foi de 42,3%, tornando-se a segunda maior ao longo da última década, atrás apenas do aumento da população indígena, que cresceu 89% entre 2010 e 2022.
Portanto, os resultados do Censo 2022 apontam para mudanças significativas na autodeclaração étnico-racial da população brasileira, evidenciando a importância de políticas públicas que visem diminuir as desigualdades sociais e combatam o racismo e a discriminação. A ministra Anielle Franco destaca a relevância desse reconhecimento e comemora a vitória de um Brasil que se reconhece como negro.