Tendo se tornado fotógrafo, Miguel registrou a última turnê da cantora Elis Regina em 1981, demonstrando seu amor pela música e pelo cenário artístico da cidade. Ele também foi reconhecido por registrar figuras icônicas da música e do teatro, tais como Adoniran Barbosa e Norma Bengell.
Seu olhar “vagaroso”, segundo amigos, foi determinante para sua carreira. Ele começou no ofício como assistente do fotógrafo J. R. Duran antes de se tornar um dos veteranos do Diário Popular, onde praticava seu olhar artístico nos registros das figuras da música e do teatro.
Miguel desenvolveu um gosto pela música e o samba, e sua irmã Ducy Benevides declarou que a qualidade musical de onde ele estava era sempre muito boa. Em seus últimos anos, Miguel tomou um novo rumo na profissão, passando a ser jardineiro, mas sem deixar de praticar seu olhar atencioso.
Sua morte em 22 de novembro foi atribuída a complicações de uma queda em outubro, que resultou em hemorragias internas. Ele deixa seus irmãos Ducy, Manoel e Maria Cleomar, além de uma legião de amigos. A morte de Miguel Benevides de Freitas é uma perda para a comunidade artística e musical de São Paulo. Com seu olhar artístico e amor pela música, ele deixou um legado significativo que será lembrado por anos.