Dezembrite: o estresse do fim de ano que desencadeia ansiedade e estresse nas expectativas de celebrações

A “dezembrite” é uma doença não catalogada, não reconhecida oficialmente, mas que descreve o desespero que muitas pessoas sentem quando chega o mês de dezembro. Segundo a colunista Tatiana Bernardi, a “dezembrite” é o desespero que bate em dezembro, daí o nome, de fazer em 20 dias tudo o que não tivemos competência ou não botamos empenho nos outros 11 meses do ano. Como ela mesma diz, não dói a lombar, mas embrulha o estômago e maltrata a consciência de ter falhado miseravelmente em algumas ou —todas— as resoluções feitas no calor da emoção e na base da cachaça, na virada do ano.

Essa sensação de desespero é comum nessa época do ano, quando as pessoas se veem obrigadas a fazer um balanço do ano que está terminando, avaliando as conquistas e remoendo as falhas. E para muitos, a ansiedade acumulada nessa época pode desencadear episódios de estresse e ansiedade.

No entanto, a colunista também traz uma reflexão positiva sobre a “dezembrite”. Ela conta que decidiu aderir aos ensinamentos do “coach do fracasso” e adotou um lema simples: se quer desistir, desista. Em vez de ficar ansiosa pelas coisas que não deram certo, os trabalhos que não terminou, o aumento que não ganhou, a árvore de Natal que não montou, resolveu ignorar tudo.

Ela ressalta que o mais importante é não se cobrar demasiadamente, não se sentir culpado por não ter cumprido todas as resoluções feitas no início do ano. Afinal, segundo ela, é só o ano que vai acabar, daqui a pouco tem mais. Se dá para se aborrecer em janeiro, por que fazer isso logo agora?

A colunista relata que, apesar de sentir a pressão do fim do ano, decidiu desistir de várias coisas que havia planejado, como terminar um livro, se matricular na psicanálise e apresentar uma tese para um mestrado. Ela conclui que não deve nada a ninguém, nem a si mesma, e que está tudo bem.

Portanto, a reflexão trazida por Tatiana Bernardi é de que é importante entender e aceitar que nem sempre é possível cumprir todas as metas e resoluções estabelecidas no início do ano. Ficar ansioso e estressado por não ter cumprido todas as expectativas pode ser prejudicial à saúde mental. Assim, vale a pena refletir sobre o que realmente é importante e relevar as pressões e cobranças deste período do ano.

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