Os projetos sob investigação incluem o Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, e as autoridades apontam para possíveis fraudes em licitações e contratos administrativos na área de assistência social. Além disso, os investigados teriam direcionado serviços a redutos eleitorais ligados ao grupo político do governador, prejudicando a correta aplicação dos recursos públicos.
Segundo a PF, a taxa de propina envolvida nos contratos variava entre 5% e 25%, totalizando mais de R$ 70 milhões em pagamentos indevidos. As investigações apontam para crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF, todos na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de sete investigados, bem como o afastamento do sigilo de mensagens de seis deles.
Até o momento, nem o governador Cláudio Castro, nem o presidente do conselho da Agerio, Vinícius Rocha, se manifestaram sobre o caso. A reportagem entrou em contato com a assessoria do governo e da Agerio em busca de um posicionamento e aguarda resposta.
É importante ressaltar que as informações sobre o caso estão em sigilo, o que limita o acesso a detalhes do inquérito. A sociedade aguarda por esclarecimentos sobre este caso que, mais uma vez, coloca em xeque a idoneidade no uso dos recursos públicos. O espaço está aberto para as manifestações das partes envolvidas.