O significado do presente: elo entre o tempo e a prenda de Natal para os leitores da coluna.

Em busca de um presente de Natal para as leitoras e leitores da coluna, vamos explorar a história da palavra “presente” e como ela se relaciona tanto com o tempo quanto com a oferta de presentes durante as festas natalinas. A palavra “presente” vem do latim praesentis, particípio do verbo praeesse, ser ou estar diante de nós. Originalmente, “presente” significava algo que existe aqui e agora, oferecido aos sentidos, e não o que deixou rastros na memória ou o que será no futuro.

A etimologia também nos leva ao verbo derivado praesentare, que significa “apresentar, introduzir, dar(-se) a ver”, com a acepção figurada de “oferecer”, o que justifica a relação entre o presente-tempo e o presente-coisa. As línguas neolatinas já haviam consolidado o presente-oferenda na Idade Média, com o francês e o espanhol no século 12 e o português no século 13.

Ao explorar o conceito de presente e suas origens, somos levados à maior história de Natal da literatura brasileira, o conto “Natal na Barca” de Lygia Fagundes Telles. A história se destaca como uma obra-prima de apenas seis páginas, sendo um milagre possível para os desencantados e descrentes que entram numa história desse tipo com um sorriso irônico armado para se defender do kitsch.

Embora a clássica “Missa do Galo” de Machado de Assis também seja uma opção para a maior história de Natal da literatura brasileira, o conto de Lygia Fagundes Telles se destaca por produzir determinados efeitos de arrepio e inspiração condizentes com a data, algo essencial para uma história ser considerada “de Natal”. Com isso, desejamos um Feliz Natal aos leitores, com a recomendação de que encontrem tempo para desfrutar da história de “Natal na Barca” durante as festas de fim de ano.

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