Ibovespa encerra em queda no último pregão do ano, pressionado por realização de lucros e cenário externo

O mercado financeiro brasileiro sofreu uma queda de 0,79% hoje, com o Ibovespa encerrando o dia a 130.804,17 pontos. Esse movimento de baixa foi motivado por uma realização de lucros, após o índice atingir uma nova máxima histórica no dia anterior. Das 86 ações que compõem o índice, 67 encerraram o dia em queda, corrigindo as altas anteriores.

No entanto, as ações da Petrobras apresentaram ganhos ao longo do dia, ajudando a moderar as perdas do mercado acionário brasileiro. Em um cenário de noticiário escasso e liquidez reduzida devido ao fim de ano, o índice oscilou menos de mil pontos entre a mínima e a máxima, mantendo-se próximo da estabilidade durante a maior parte do dia.

A virada para baixo das bolsas de Nova York no fim da sessão acelerou as perdas do Ibovespa, que atingiu a mínima de 130.709,80 pontos (-0,87%), acompanhando a virada de Vale ON para o negativo. O head de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, explicou que, “na ausência de novas notícias e depois de o mercado ter superado duas vezes seguidas a máxima histórica, é natural vermos alguma realização aqui”.

O noticiário doméstico destacou a promulgação da reforma tributária, aprovada na semana passada, como um dos principais acontecimentos do dia. A Bolsa brasileira acompanhou o mercado externo durante todo o pregão, mantendo-se lateralizada na maior parte do tempo.

Os índices acionários de Nova York também sofreram uma virada para o negativo à tarde, o que influenciou a queda da Bolsa brasileira. Além disso, o dólar subiu a R$ 4,9120 no fechamento, com uma alta de 0,99%, e os juros futuros reduziram a queda.

Com todos os índices setoriais no vermelho no fechamento, os ganhos da Petrobras foram responsáveis por moderar as perdas do Ibovespa. A empresa se beneficiou da alta dos preços do petróleo e de um aumento em seu rating pela S&P, de BB- para BB, justamente um dia após a agência de classificação de riscos elevar a nota do Brasil na mesma magnitude.

No entanto, o setor financeiro foi o mais penalizado do Ibovespa, com uma baixa de 1,37% do IFNC, seguido pelo setor de consumo, que teve uma queda de 1,04% do ICON. O sócio da One Investimentos Rafael Schmidt ressaltou que a fraqueza da Bolsa brasileira parece responder a uma correção geral dos mercados, que apresentaram um desempenho positivo nas últimas semanas.

Em resumo, a queda do mercado financeiro brasileiro hoje foi influenciada por uma realização de lucros e um noticiário escasso. A virada para o negativo das bolsas de Nova York e a baixa liquidez devido ao fim de ano contribuíram para a movimentação do mercado acionário e cambial brasileiro.

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