A Bahia, governada pelo Partido dos Trabalhadores desde 2007, é conhecida por ter dado uma vitória expressiva ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, com quase quatro milhões de votos a mais do que para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A votação expressiva em favor do petista evidenciou a força do PT no estado, com vitória do Lula em 415 dos 417 municípios baianos.
O pedido de condecoração da ex-primeira-dama foi proposto pelo deputado bolsonarista Leandro de Jesus (PL-BA), que afirmou que a aprovação aconteceu graças a um amplo diálogo e à conquista de votos parlamentares da base do governador Jerônimo Rodrigues. A votação, aliás, ocorreu de forma secreta.
A Comenda 2 de Julho é concedida pelo Legislativo do Estado a pessoas que prestaram serviços relevantes à Bahia. Segundo o deputado Leandro de Jesus, a honraria para Michelle se justifica pelos “notórios serviços sociais prestados no território da Bahia na ajuda à população mais carente”. A previsão é de que a ex-primeira-dama receba oficialmente o título entre janeiro e agosto de 2024.
O desempenho de Lula nas eleições de 2022 na Bahia foi impressionante, com uma vitória expressiva sobre Bolsonaro, com 6.097.815 votos válidos para o petista, em comparação com 2.357.028 votos para o ex-presidente. A votação expressiva na Bahia foi fundamental para a vitória de Lula no pleito, decidido por uma diferença de apenas 2,1 milhões de votos em todo o país.
A condecoração da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro gerou controvérsias devido ao histórico político dela e do então presidente Jair Bolsonaro. A decisão de conceder o título honorífico à Michelle causou polêmica entre os representantes políticos da Bahia, considerando o contexto político que envolve a família Bolsonaro. Alguns membros da Alba manifestaram discordância com a decisão, argumentando que a ação poderia gerar um impacto negativo na reputação da Assembleia Legislativa. Acompanharemos de perto o desenrolar desta história e suas possíveis repercussões políticas no Estado da Bahia.