O Mapeamento Nacional das Instituições de Assistência às Crianças e aos Adolescentes com Câncer busca identificar as principais fragilidades e necessidades do sistema de tratamento do câncer infantojuvenil, com o intuito de subsidiar novas políticas públicas e melhorar a qualidade do atendimento oferecido. O projeto conta com o apoio do Ministério da Saúde e de instituições nacionais e internacionais, como o Childhood Cancer International (CCI), a Sociedade Latinoamericana de Oncologia Pediátrica (SLAOP) e a Keira Grace Foundation, que também oferece suporte financeiro.
A abrangência do projeto é ampla, incluindo a visita a mais de 100 instituições que tratam câncer infantojuvenil em todo o território nacional. Além disso, o mapeamento abrangerá a análise das instituições habilitadas e não habilitadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como das instituições de apoio associadas à Coniacc.
A Dra. Carolina Camargo Vince, médica oncologista pediátrica e coordenadora do ‘Molecular Tumor Board’ da Sobope, destacou a importância de compreender as particularidades e desafios enfrentados pelo sistema de tratamento do câncer infantojuvenil no Brasil. A iniciativa também faz parte de um movimento global, liderado pela Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica, que busca melhorar as taxas de cura do câncer infantojuvenil em todo o mundo.
Em relação ao diagnóstico precoce, a Dra. Carolina ressaltou a importância de estar atento aos sintomas, uma vez que o câncer infantojuvenil muitas vezes se manifesta de forma sutil e pode ser confundido com outras enfermidades próprias da infância. Além disso, a médica destacou a necessidade de agilidade no diagnóstico e tratamento do câncer infantojuvenil, especialmente considerando que a chance de cura pode chegar a 85% quando identificado precocemente.
Diante desse cenário, o mapeamento das instituições de tratamento e apoio ao câncer infantojuvenil se mostra como uma ferramenta fundamental para avaliar o atual panorama e apoiar a implementação de ações efetivas para melhorar a qualidade do atendimento oferecido a crianças e adolescentes com câncer. A expectativa é que os resultados do mapeamento sejam divulgados no segundo semestre do ano que vem, oferecendo subsídios importantes para a formulação de políticas públicas e estratégias de intervenção mais eficazes nessa área sensível da saúde.