Do outro lado do Canal da Mancha, o tom foi mais cauteloso, com sinais mais contidos a partir de indicadores e comentários de dirigentes, o que resultou no recuo da maioria dos índices. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em alta de 0,19%, a 477,94 pontos.
A desaceleração da taxa de inflação anual para 3,9%, a menor variação em mais de dois anos, parece não dar muitas opções ao BoE, senão cortar juros um pouco mais cedo do que o planejado, de acordo com o diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mould.
O mercado agora estima 140 pontos-base em cortes de juros em 2024, a partir de maio, enquanto a instituição ING acredita que esse valor seja exagerado e prefere agir com cautela, com cortes de 100 pontos-base a partir de agosto. As petroleiras acompanharam a alta da commodity no mercado internacional, com destaque para a valorização das ações da BP e da Royal Dutch Shell.
Já no continente, o índice de confiança do consumidor e a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha continuam indicando fraqueza. Apesar de sinalizar que os juros estão muito provavelmente em seu pico na Europa, o membro do Banco Central Europeu (BCE) Joachim Nagel alertou os investidores para um possível excesso nas especulações sobre corte de juros.
Em relação aos índices indicadores europeus, o DAX, de Frankfurt, teve queda de 0,07%, a 16.733,05 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,01%, a 30.361,21 pontos, e em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,32%, a 6.344,54 pontos.
Ações da Telefónica subiram em Madri, após o governo da Espanha informar que comprará 10% de participação na empresa. O Ibex 35 teve um recuo de 0,05%, a 10.101,00 pontos. Já em Paris, o CAC 40 avançou 0,12%, a 7.583,43 pontos.