No cativeiro, os bandidos pediram que Marcelinho fizesse transferências via PIX, e a família do ex-jogador fez dois pagamentos aos sequestradores, no total de R$ 42 mil. Além disso, Marcelinho foi obrigado a gravar um vídeo no qual afirmava ter saído com a mulher que estava ao seu lado, e depois descobriu que ela era casada, uma situação que a mulher confirmou nas imagens também. O delegado Fabio Nelson, titular da Divisão Antissequestro, acredita que o vídeo gravado pelos sequestradores tinha o objetivo de despistar a polícia, e acredita que o crime tenha sido motivado pelo interesse no ocupante do carro de luxo e que os bandidos só perceberam a fama de Marcelinho após o sequestro.
O ex-jogador foi resgatado após a polícia encontrar seu carro em Itaquaquecetuba, e cinco suspeitos foram encontrados e detidos, sendo que uma sexta pessoa foi conduzida à delegacia como testemunha. Além disso, Taís Alcântara de Oliveira Moreira, que foi vista no vídeo supostamente gravado no cativeiro ao lado de Marcelinho, está traumatizada e será ouvida como testemunha.
Marcelinho Carioca, conhecido por sua carreira no Corinthians, foi revelado no Flamengo e conquistou títulos importantes em sua carreira, tanto no clube carioca quanto no time paulista. Após se aposentar como jogador, ele se formou em jornalismo e chegou a ocupar o cargo de secretário municipal de esporte e lazer de Itaquaquecetuba.
O ex-jogador afirmou ter vivido momentos de terror no cativeiro e disse que foi uma das piores coisas que já passou na vida. A história de Marcelinho chocou o país e colocou em evidência a questão da segurança pública e do sequestro, um crime que ainda preocupa a sociedade brasileira.