Brasileiro apontado como traficante de armas para o PCC é preso no Paraguai em grande operação conjunta.

Nesta terça-feira (19), as forças de segurança paraguaias realizaram uma grande operação que resultou na prisão de um dos principais traficantes de armas para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O brasileiro identificado como Ricardo Luis Picolotto, conhecido como R7, foi detido em Salto del Guairá, cidade na fronteira com Paraná e Rio Grande do Sul.

Além da prisão de Picolotto, mais nove pessoas foram mortas e oito foram presas, incluindo pelo menos dois brasileiros, em outra incursão realizada durante a operação no Paraguai. O segundo suspeito principal, Santiago Acosta Riveros, conhecido como Macho, conseguiu escapar e está foragido. Segundo as autoridades, os dois lideravam uma quadrilha de tráfico de armas e drogas, responsável por vários homicídios na região.

De acordo com Jalil Rachid, chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia), Picolotto é um brasileiro com antecedentes criminais que fazia parte da estrutura criminosa, sendo apontado como membro do PCC. Ele também é investigado por fornecer armas e drogas para criminosos no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal brasileira divulgou que o grupo desarticulado de Picolotto operava esquemas de tráfico internacional que tinham como destino o Brasil, recebendo cocaína da Bolívia pelo modal aéreo e enviando armas e maconha pela via terrestre. Além disso, a organização criminosa caracterizava-se por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais e militares das Forças Armadas brasileiras e paraguaias.

O foragido, Riveros, está na lista de alerta global da Interpol pelo homicídio de um militar do Exército do Brasil em 2020. Ele também é acusado pelo assassinato de um policial, por promover ataques a delegacias e por operações de resgate de presos no Paraguai.

A operação resultou na prisão de Eusebio Acosta Riveros, irmão de Santiago, que estava em um sítio junto a vários outros suspeitos no município de Canindeyú. Durante a ação, nove suspeitos morreram em confronto com as forças de segurança, e uma grande quantidade de armamento foi apreendida, incluindo fuzis, munições e até mesmo uma metralhadora antiaérea.

Portanto, a prisão de Picolotto representa um grande avanço na luta contra o tráfico de armas e drogas na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, demonstrando a eficiência das forças de segurança em desmantelar organizações criminosas que atuam em larga escala.

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