Educação, Dedicação e Proteção: A Experiência de Elení de Jesus Santos como Conselheira Tutelar em São Bernardo do Campo

A conselheira tutelar Elení de Jesus Santos, ou Professora Elení, como é conhecida em São Bernardo do Campo, é um exemplo de dedicação à sua função. Com mais de 25 anos de atuação na cidade do ABC Paulista, ela colabora em diversas frentes na região, sempre com um sorriso contagiante no rosto. Elení nasceu no sul da Bahia, em Itagibá, em uma família matriarcal, o que influencia fortemente a sua vida até os dias atuais. Sua origem nordestina sempre foi uma fonte de orgulho e inspiração para a conselheira.

A história de Elení em São Paulo começa quando, ainda jovem, ela saiu do interior e passou um tempo em Salvador, onde trabalhou em casa de família e na indústria. No entanto, seu sonho sempre foi a educação, e aos 26 anos, quando teve sua filha Kelly, ela se formou no magistério, um curso profissionalizante para formar professores da educação básica. Desde então, tem se dedicado a expandir suas realizações de diferentes maneiras, mesmo diante dos desafios e do preconceito que, infelizmente, ainda enfrenta nos dias atuais.

Aos 62 anos, a conselheira é graduada em pedagogia, pós-graduada em prevenção contra violência doméstica pela Universidade de São Paulo (USP) e recentemente se formou no curso de Diversidade e Inclusão Social em Direitos Humanos. Ao longo das últimas décadas, Elení atuou como professora, diretora e coordenadora pedagógica, e foi pioneira do movimento do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em São Bernardo do Campo.

Ao abraçar a missão de proteger a juventude de qualquer violação e resguardar os direitos de crianças e adolescentes, Elení demonstra um olhar especial para esse ciclo de cuidados, atendendo famílias em vulnerabilidade social e vítimas de violência, abandono, negligência ou em situações de risco. Segundo ela, “a educação são os olhos dos conselheiros tutelares, porque as nossas crianças e os nossos adolescentes ficam a maior parte de suas vidas dentro de uma unidade escolar, sob a supervisão de educadores. São nossos olhos porque todos os sinais de violências chegam antes na escola”.

Elení acredita que a união com a comunidade é o coração de um relacionamento saudável entre educadores, famílias e conselheiros tutelares. Ela entende que ainda é necessário esclarecer a função do Conselho Tutelar para que a comunidade compreenda que ele é um órgão de proteção. Para a conselheira, a rede de atendimento com as crianças e adolescentes precisa estar em alinhamento com o Conselho Tutelar. Sua história é um exemplo de força e dedicação à causa da proteção da infância e da juventude.

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