A história de Elení em São Paulo começa quando, ainda jovem, ela saiu do interior e passou um tempo em Salvador, onde trabalhou em casa de família e na indústria. No entanto, seu sonho sempre foi a educação, e aos 26 anos, quando teve sua filha Kelly, ela se formou no magistério, um curso profissionalizante para formar professores da educação básica. Desde então, tem se dedicado a expandir suas realizações de diferentes maneiras, mesmo diante dos desafios e do preconceito que, infelizmente, ainda enfrenta nos dias atuais.
Aos 62 anos, a conselheira é graduada em pedagogia, pós-graduada em prevenção contra violência doméstica pela Universidade de São Paulo (USP) e recentemente se formou no curso de Diversidade e Inclusão Social em Direitos Humanos. Ao longo das últimas décadas, Elení atuou como professora, diretora e coordenadora pedagógica, e foi pioneira do movimento do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em São Bernardo do Campo.
Ao abraçar a missão de proteger a juventude de qualquer violação e resguardar os direitos de crianças e adolescentes, Elení demonstra um olhar especial para esse ciclo de cuidados, atendendo famílias em vulnerabilidade social e vítimas de violência, abandono, negligência ou em situações de risco. Segundo ela, “a educação são os olhos dos conselheiros tutelares, porque as nossas crianças e os nossos adolescentes ficam a maior parte de suas vidas dentro de uma unidade escolar, sob a supervisão de educadores. São nossos olhos porque todos os sinais de violências chegam antes na escola”.
Elení acredita que a união com a comunidade é o coração de um relacionamento saudável entre educadores, famílias e conselheiros tutelares. Ela entende que ainda é necessário esclarecer a função do Conselho Tutelar para que a comunidade compreenda que ele é um órgão de proteção. Para a conselheira, a rede de atendimento com as crianças e adolescentes precisa estar em alinhamento com o Conselho Tutelar. Sua história é um exemplo de força e dedicação à causa da proteção da infância e da juventude.