A deputada é alvo da Operação Batismo, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público estadual. A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, além do gabinete da deputada na Assembleia.
Segundo a PF e o MP-RJ, as investigações apontam a participação ativa da deputada e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo miliciano. O grupo é investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, extorsão e corrupção.
De acordo com as investigações, a deputada atuava em favor da maior milícia do estado, comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho. Este grupo criminoso foi responsável pelos ataques a ônibus e trem na zona oeste em outubro.
No início de outubro, antes dos ataques, a deputada registrou boletim de ocorrência relatando ter sido raptada por homens que invadiram seu sítio em Campo Grande. Após ser levada para o interior da Vila Kennedy, também na zona oeste, a deputada foi liberada, segundo ela.
O afastamento da deputada Lucinha é mais um capítulo na luta contra as milícias que atuam de forma criminosa no Rio de Janeiro. A associação entre política e grupos criminosos é um desafio constante para as autoridades, que buscam frear o poder e a influência destas organizações dentro do estado. A Operação Batismo representa mais um passo na investigação e no combate a esses grupos, demonstrando que nenhuma figura pública está acima da lei.